quarta-feira, 23 de março de 2011

Novas datas das reuniões da rede

Caros colegas, informamos a mudança para as reuniões da rede como sendo a última quinta-feira do mês. Devido a problemática da reunião de março ter caído pós quarta-feira de cinzas não vimos possibilidade de mobilizamos a rede para mantermos a reunião.
Este mês de março (e há quem diga que o ano novo só começe depois do carnaval) conta com 5 quintas-feira e nos encontraremos na próxima semana. Espero que tenha sido uma mudança que favoreça a maioria, Aguardamos vocês lá.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Reunião Mês de novembro da rede

Prezados colegas da rede, na reunião do mês de novembro a professora Maria Regina da Escola Guiomar, apresentou algumas detalhes da pesquisa que resultou o

Projeto Atenção Brasil: Educando com a ajuda das neurociências - Cartilha do Educador

A pesquisa realizada em todo o País pelo Instituto Glia, com a colaboração de pesquisadores da Universidade La Sapienza (Roma) e do Albert Einstein College of Medicine (EUA), revela que as crianças e adolescentes da região Sul apresentam os melhores índices de saúde mental e desempenho escolar em comparação com outras regiões do Brasil.
De acordo com o neurologista da infância e coordenador do Projeto Atenção Brasil, Marco Antonio Arruda, “Saúde mental é um estado de bem estar no qual a pessoa está apta a exercer suas habilidades, superar as dificuldades da vida, poder estudar e trabalhar de forma produtiva, colaborando com sua comunidade. Portanto, é mais do que apenas não ter uma doença mental”, explica.


As pesquisas do Projeto mostram que 31% das crianças e adolescentes da região Sul são considerados irrequietos ou agitados pelos seus pais e professores, enquanto nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste o percentual é de 23% e na região Sudeste de 28,4%. No entanto, apenas 10,8% das crianças e adolescentes da região Sul apresentam índices anormais de saúde mental, enquanto nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste esse percentual é de 15% e na região Sudeste de 14,2%. O índice encontrado na região Sul se compara aos observados em países desenvolvidos.

Segundo a opinião dos pais e professores, as crianças e adolescentes da região Sul apresentam também os melhores índices de desempenho escolar do país, 34,9% delas apresentam desempenho acima da média e 24,4% abaixo, em comparação com 27,9% e 31,4% na região Sudeste e 27,5% e 30,1% nas regiões Norte, Nordeste e Centro Oeste, respectivamente. “Significa dizer que uma criança ou adolescente que vive na região Sul apresenta uma chance 1,4 vezes maior de ter ótimos índices de saúde mental e desempenho escolar em comparação com crianças e adolescentes das demais regiões do país”, comenta Arruda.


Com o objetivo de identificar fatores de risco e proteção para a saúde mental e desempenho escolar de crianças e adolescentes brasileiros, pesquisadores do Projeto Atenção Brasil entrevistaram pais e professores de 9.149 crianças e adolescentes das cinco regiões, 16 estados e 87 cidades brasileiras. Na região Sul foram 2.696 crianças de 15 cidades do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os resultados obtidos no estudo, bem como recomendações para professores, pais e gestores sobre como educar evitando fatores de risco, estão na Cartilha do Educador: Educando com a ajuda das Neurociências, disponível para download no site







segunda-feira, 19 de julho de 2010

Reportagem da Priscila Siqueira

19/7/2010 7:18 Retirado do Jornal Imprensa Livre


“Brasil é a porta de entrada do tráfico de seres humanos nas Américas”, diz Priscila Siqueira


O país é tido como “exportador” de mulheres para prostituição, mas também é “demandador” de mão de obra escrava, especialmente dos países vizinhos;

Raquel Salgado

“A Organização das Nações Unidas (ONU) considera o tráfico de pessoas como o pior e mais degradante crime contra os direitos inalienáveis da pessoa humana. Isto porque a pessoa deixa de ser vista como um Ser Humano para ser tratada como uma mercadoria a ser comercializada. E o Brasil tem um papel complexo no panorama mundial do Tráfico de Pessoas (TP)”.

Com essas considerações, a jornalista Priscila Siqueira, ex-primeira dama de São Sebastião, abriu sua intervenção no congresso realizado no fim do último mês, na Fundação Calouste Gulbenkian, na cidade de Lisboa, em Portugal, que reuniu 60 representantes de países de Língua Portuguesa. Também participaram do evento três países africanos – Guiné Bissau, Moçambique e Nigéria, além de Brasil e Portugal.

Priscila falou em nome do Serviço de Prevenção ao Tráfico de Mulheres e Meninas, entidade ligada à Pastoral da Mulher da Igreja Católica, da qual foi presidente. No encontro de Lisboa, representou ainda o Movimento Brasileiro contra TP, hoje composto por mais de 50 entidades. Ela diz que questões de gênero e discriminação da mulher foram “a minha luta de uma vida inteira. Nela comecei aos vinte anos”.

Por esta luta, Priscila Siqueira esteve entre as 12 mulheres finalistas do Prêmio Cláudia em 2008, selecionadas entre mais de 200 empresárias, cientistas e artistas do país inteiro.

E foi nesse processo que conseguiu sensibilizar a equipe da revista, que “comprou a briga” – a última edição traz extensa reportagem sobre crianças que estão desaparecendo.

“Lutamos em defesa de uma plataforma nacional de combate ao TP em todas as suas dimensões: exploração sexual, trabalho escravo, órgãos e tecidos e ainda contra a adoção ilegal de crianças. Plataforma que vamos levar aos candidatos à presidente”, afirma.

Causas culturais e históricas
Autora dos livros “Tráfico de Mulheres: Oferta, Demanda, Impunidade” e “Tráfico de Pessoas: Uma abordagem Política”; solicitada a colaborar com a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pedofilia; ela diz que “as causas são várias e estão interligadas”.

O TP é uma questão ligada aos direitos humanos, gênero, raça e migração. É uma análise que tem que ser feita de um ponto de vista múltiplo. O tráfico é consequência de uma sociedade machista e patriarcal, com muito preconceito e controle, e onde as religiões judaico-cristãs têm sua parcela de responsabilidade.

“Por que a maioria dos traficados são mulheres e meninas? Porque é cultural, a mulher é vista como pecadora e deve ser punida, merece apanhar. Essas religiões reforçam a submissão feminina. Deus é macho, portanto a mulher não é a sua imagem, logo é inferior”, analisa. Como exemplo do forte machismo e do descaso, ela lembra que no ano passado 300 mulheres foram assassinadas no Ceará. Houve apenas uma condenação.

“O TP é apenas a ponta do imenso iceberg que é a sociedade atual. A globalização concentra a riqueza nas mãos de poucos, em poucas nações, e exclui uma parcela imensa de pessoas da chance de uma vida digna”, afirma. Quanto à discriminação baseada em gênero, ela explica que a maioria dos traficados são mulheres e meninas devido ao status inferior da mulher, particularmente em países em desenvolvimento, à falta de instrução das meninas, à expectativa das mulheres para executar determinados papéis sociais e para ser a única responsável por sua criança, além da discriminação na participação política, sexualidade, religião, costumes e práticas sociais.

Segundo ela, “a discriminação de gênero também atua de forma econômica. Em 2002, o país tinha, segundo o IBGE, 52 milhões de brasileiros vivendo com menos de um dólar por dia, dos quais 70% eram mulheres e seus filhos com menos de 14 anos. Hoje a cifra de miseráveis no Brasil caiu para 30 milhões, mas mulheres e crianças continuam sendo a maioria, o que reafirma a ´feminização´ da pobreza em nosso país”.

"Tráfico interno – vergonha nacional – atinge principalmente crianças”

Baseada nas pesquisas realizadas no país na última década, ela diz que “o Brasil é o maior exportador das Américas de mulheres e meninas para exploração sexual. Também importamos mão de obra escrava da América Latina, de países como Peru, Paraguai e, principalmente, Bolívia, para a indústria de confecção de roupas de São Paulo, liderada pelos coreanos, onde essas mulheres cumprem jornada de 14 horas diárias para ganhar R$ 0,30 por peça costurada”.

Também existem registros policiais de importação de jovens mulheres coreanas para atender sexualmente a elite econômica dessa indústria. Além disso, há o Tráfico de Pessoas (TP) entre as fronteiras secas do país, que é imensa e de difícil fiscalização. “Por isso, somos também um país de trânsito. Aqui elas permanecem até conseguirem passagens e vistos. Vemos muito isto na cidade de Guarulhos, por causa do aeroporto”.

“Finalmente, vergonha nacional”, desabafa Priscila Siqueira, “temos o tráfico interno, que incide de forma especialmente perversa sobre as crianças”. Problema que ela ilustra com o livro “Meninas da Noite”, do escritor e jornalista Gilberto Dimenstein, que relata a vida nos garimpos de Serra Pelada, no Norte do Brasil, e onde um dono de bordel afirma que “qualquer coisa com mais de 38 quilos me serve”. “Ou seja, ele não comprava as meninas por sua idade, mas pelo tanto de carne que tinham para serem consumidas sexualmente”, diz Priscila.

Pesquisas

A primeira pesquisa sobre TP no Brasil foi publicada em 2003, pelo Centro de Referência e Estudos sobre Crianças e Adolescentes (Cecria), ligado à Universidade de Brasília. Baseada no levantamento de notícias da mídia e boletins policiais, a pesquisa detectou 241 rotas de tráfico no país. A Espanha era o principal destino das mulheres brasileiras traficadas.

A pesquisa identificou ainda o perfil dessas vítimas: mulheres, com a faixa etária entre 15 e 27 anos; provenientes em sua maioria de classes populares; com baixa escolaridade; oriundas de espaços urbanos periféricos e com carência de saneamento e transporte; residentes com familiares; com filhos; atividades laborais de baixa renda; e muitas delas afro descendentes.

Outro estudo, realizado pelo Ministério da Justiça, em 2005, no Aeroporto de Guarulhos, revela que Portugal foi o país europeu que mais deportou brasileiras, a maioria delas por não terem sido aceitas nos países de destino. Portugal foi ainda o país que mais recusou a entrada de brasileiras, seguido por Itália, França, Espanha e Inglaterra, países onde a imagem da mulher brasileira é sempre a de uma possível prostituta. Há registro, por exemplo, de jovens brasileiras, estudantes na França, orientadas a esconder a nacionalidade para evitar constrangimentos. Em Portugal, relatório publicado em 2009 mostrou que pelo menos 40% das vítimas são mulheres brasileiras.

Avanços

Priscila avalia que a questão avançou no Governo Lula que, entre outras medidas, ratificou em 2003 o Protocolo de Palermo de 2001; e aprovou, somente em 2005, a lei que considera crime o TP interno.

Em 2006, o governo brasileiro elaborou sua Política Nacional de Enfrentamento ao TP (Decreto Presidencial 5.948). Elaborado após debate coordenado pelo Ministério da Justiça, e secretarias da Mulher e dos Direitos Humanos, a proposta foi estruturada em três grandes eixos estratégicos: prevenção; repressão e responsabilização de seus autores; e atenção à vítima. Ela foi implementada em 2008, com o 1º Plano Nacional de Combate ao TP, depois complementado com a criação de comitês e núcleos de enfrentamento ao TP em diversas regiões do Brasil.

Em São Paulo, o comitê está instalado na Secretaria da Justiça e Cidadania, como um colegiado que reúne representantes do governo, das diversas polícias, Ministério Público e do Trabalho, sindicatos e organizações da sociedade civil. Numa das ações deste comitê, Priscila participou de um curso de sensibilização realizado na Escola de Sociologia e Política para delegados, policiais e representantes do Ministério Público.

“Essa luta é complexa. O TP é conseqüência de muitos fatores que se combinam perversamente. Para enfrentá-lo temos que ter paciência, perseverança e tenacidade. Não veremos os resultados agora, mas não podemos deixar de lutar. Até dez anos atrás, falar em tráfico de pessoas no Brasil era considerado loucura, ninguém acreditava que existisse.
Hoje, já estamos começando a ter este debate”, anima-se. “Temos que priorizar o trabalho de prevenção e de sensibilização da sociedade e das pessoas mais vulneráveis. Ao mesmo tempo que temos de lutar por relações humanas mais justas e igualitárias. E cada um precisa se envolver e fazer sua parte”, finaliza.

sexta-feira, 16 de julho de 2010



Prefeitura de São Sebastião entrega duas creches à comunidade
São Sebastião, sexta-feira, 16 de julho de 2010


A Prefeitura de São Sebastião deverá entregar à comunidade nos próximos dias duas creches municipais para atender a demanda dos bairros de Barequeçaba e Barra do Sahy.

Conforme informações da Seduc (Secretaria de Educação), as instalações atenderão mais de 70 crianças entre dois e três anos de idade.

A primeira unidade será reinaugurada em Barra do Sahy, na Costa Sul, às 16h da próxima quarta-feira 21. Nela serão atendidas 52 crianças a serem divididas entre três salas, das quais uma destina ao Maternal 1 (crianças de dois anos), e duas no Maternal 2 (crianças de três anos).

Já no dia 30 de julho, igualmente às 16h, será inaugurada a creche de Barequeçaba. Com 32 vagas, atenderá ascrianças em duas salas: Maternal 1 e Maternal 2.

Serviço: A creche em Barra do Sahy fica localizada à rua Manoel Cândido dos Santos, 34, e em Barequeçaba, à rua Sebastiana Leite Bueno, 111.